Aprovação da taxação sobre compras internacionais: veja o que muda

Aprovação da taxação sobre compras internacionais: veja o que muda

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Foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República, a Lei que determina a taxação de compras internacionais de até 50 dólares.

Com isso, sobre os produtos comprados do exterior através de plataformas como Shein e Shopee, incidirá 20% de Imposto de Importação, elevando o preço final dos itens para os consumidores.

Para que você compreenda o que muda na prática e qual o impacto da medida em questão no seu bolso, o time de especialistas da Orru Contabilidade decidiu preparar um conteúdo completo sobre o assunto.

Taxação sobre compras internacionais: veja o que muda

Para que você entenda melhor o que de fato vai mudar com a taxação das compras internacionais de até R$ 50,00 dólares.

Veja o exemplo abaixo, levando em consideração o valor do dólar em R$ 5,40.

Antes da nova lei:

  • Preço da peça: US$ 20,00
  • Valor com ICMS: US$ 24,12

Valor a pagar após impostos e conversão cambial: R$ 130,14

Após a nova lei (taxação):

  • Preço da peça: US$ 20,00
  • Imposto de Importação: US$ 24,00
  • Valor com ICMS: US$ 28,92

Valor a pagar após impostos e conversão cambial: R$ 156,17

Esse é apenas um exemplo para que você compreenda o impacto da taxação das compras internacionais no seu bolso.

Por que o governo taxa compras internacionais?

O governo taxa compras internacionais por várias razões, que vão desde a proteção da economia local até a geração de receita fiscal.

Aqui estão os principais motivos:

1.Proteção da indústria nacional

Uma das principais razões para a taxação de compras internacionais é proteger a indústria nacional contra a concorrência estrangeira.

Produtos importados, muitas vezes, são vendidos a preços mais baixos do que os produtos locais devido a diferenças nos custos de produção e práticas comerciais.

As tarifas de importação ajudam a nivelar o mercado, tornando os produtos locais mais competitivos em termos de preço.

Sendo assim, de um lado, enquanto os consumidores estão criticando a taxação sobre compras internacionais (famosa PEC das blusinhas), de outro, comerciantes brasileiros, comemoram a medida.

2.Geração de receita fiscal

As tarifas de importação são uma fonte significativa de receita para o governo. Na prática, a taxação injeta mais dinheiro nos cofres do governo federal, valor que pode ser usado para financiar serviços públicos e projetos de infraestrutura.

As receitas provenientes de tarifas de importação representam uma parte importante do orçamento governamental da maior parte dos países.

3.Controle do déficit comercial

Taxar importações ajuda a controlar o déficit comercial de um país, que ocorre quando o valor das importações excede o das exportações.

Reduzindo a quantidade de produtos importados, o governo federal pode ajudar a equilibrar a balança comercial, promovendo um comércio mais sustentável.

4.Incentivo ao consumo de produtos locais

Ao taxar produtos importados, o governo incentiva os consumidores a optarem por produtos nacionais.

Na prática, isso pode ajudar a estimular a economia local, promovendo o crescimento de empresas domésticas. Além disso, o consumo de produtos locais gera mais empregos e aumentar a renda dentro do país.

A taxação de compras internacionais é uma prática comum adotada por governos em todo o mundo para proteger a economia local, gerar receita fiscal e promover a estabilidade econômica.

Muito embora possa resultar em preços mais altos para os consumidores, essas medidas são vistas pelo governo como essenciais para manter um ambiente econômico saudável e sustentável.

Quando vai entrar em vigor a taxação sobre compras internacionais?

De acordo com a Receita Federal, as novas diretrizes para tributação de produtos importados vão começar a valer a partir do dia 01/08.

A regra será a seguinte:

  • Compras de até US$ 50 serão tributadas em 20%;
  • Produtos com valores entre US$ 50,01 e US$ 3 mil, serão tributados em 60%, com uma dedução fixa de US$ 20,00 no valor total do imposto.

Veja o que disse Robinson Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal:

“Indicamos a aplicação dessas novas normas tributárias a partir de 1º de agosto para termos esse tempo de transição. Assim, tanto o sistema da Receita Federal quanto os sistemas das plataformas aderentes ao programa de conformidade estarão preparados para a cobrança adequada e transparente com os usuários, para que o consumidor não seja surpreendido com cobranças de tributos após a chegada da mercadoria ao Brasil.”

Para mais informações sobre alterações importantes na legislação tributária, continue acompanhando o blog da Orru Contabilidade.

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