null

Quando a reforma tributária entra em vigor e o que muda na prática

Quando a reforma tributária entra em vigor e o que muda na prática

Compartilhe nas redes!

Nos últimos meses, a reforma tributária tem sido pauta constante nos telejornais e debates econômicos. Mas afinal, quando essas mudanças passam a valer e, acima de tudo, o que muda no dia a dia das empresas e dos contribuintes? 

Neste artigo, a Orru Contabilidade apresenta, de forma clara e bem detalhada, o que está previsto, os prazos de transição e os principais impactos práticos dessa reforma. Continue a leitura e entenda como se preparar para o novo sistema tributário brasileiro.

O que é reforma tributária?

A reforma tributária é um conjunto de alterações profundas na legislação fiscal brasileira, com o objetivo de simplificar a cobrança de impostos, reduzir a burocracia e tornar a carga tributária mais justa e eficiente. 

O projeto que foi debatido durante muito tempo, no Congresso Nacional se apoia em três pilares principais:

  • Redução da burocracia, simplificando obrigações acessórias e unificando guias de recolhimento;

  • Simplificação dos tributos, por meio da consolidação de vários impostos em poucos tributos de base ampla;

  • Equidade fiscal, ajustando alíquotas para que cada contribuinte pague de acordo com sua capacidade econômica.

Especialistas defendem que, ao entrar em vigor, a reforma poderá estimular investimentos, melhorar o ambiente de negócios e impulsionar o crescimento econômico. Por isso, compreender o calendário de implementação e as mudanças concretas é fundamental para empresas de todos os portes.

Principais mudanças em vigor

A proposta de reforma tributária prevê a substituição de diversos impostos por apenas dois novos tributos federais e um tributo estadual-municipal:

  1. Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS)

    • Substitui PIS, COFINS e IPI.

    • Incidência ampla sobre todas as operações de bens e serviços, com regras uniformes de base de cálculo e créditos.

  2. Imposto sobre Bens e Serviços (IBS)

    • Substitui ICMS (estadual) e ISS (municipal).

    • Aplicação única em todo o território nacional, com partilha de recursos entre estados e municípios segundo critérios de consumo final.

Além dessa unificação, o texto da proposta inclui:

  • Cesta básica nacional: Previsão de alíquota zero de CBS e IBS para uma lista de itens essenciais, ainda em definição.

  • Alíquotas reduzidas Para setores como transporte público, educação e medicamentos, para proteger serviços sociais básicos.

  • Imposto seletivo Sobre produtos nocivos à saúde (bebidas alcoólicas, tabaco), com caráter desestimulador.

  • Manutenção da carga tributária total: Não haverá aumento do total de impostos cobrados de pessoas físicas e jurídicas.

  • Eliminação de benefícios fiscais: Concedidos por União, estados e municípios, exceto aqueles da Zona Franca de Manaus.

  • Cashback para baixa renda: Cidadãos de baixa renda poderão receber parcela do imposto pago como forma de compensação social.

Outros pontos relevantes da proposta

Além da unificação, a reforma inclui mudanças em impostos específicos, algumas bastante inovadoras:

  • Expansão do IPVA: Imposto sobre veículos automotores passará a incidir também sobre embarcações e aeronaves, trazendo novas receitas para estados.

  • Progressividade do ITCMD: O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação poderá ter alíquotas escalonadas conforme o valor do patrimônio ou da doação.

  • Autonomia municipal no IPTU: Cada município poderá revisar periodicamente a base de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano, ajustando-a à realidade local.

Esses ajustes visam atualizar a tributação sobre patrimônio, herança e bens de alto valor, promovendo maior justiça fiscal e adequação às práticas internacionais.

Vantagens da reforma tributária

Se aprovada e implementada conforme previsto, a reforma promete trazer benefícios concretos para empresas e contribuintes:

  • Redução de custos burocráticos: Obrigações acessórias simplificadas e menos guias a preencher significam menos tempo e recursos dedicados a tributos.

  • Legislação única e harmonizada: Com menos leis e normas dispersas, elimina-se divergências entre estados e municípios, reduzindo a insegurança jurídica.

  • Diminuição de litígios: Regras mais claras e uniformes devem levar à queda no número de processos judiciais envolvendo tributos.

  • Fim da guerra fiscal: A uniformização do IBS impede que estados concedam benefícios excessivos em disputas para atrair empresas.

  • Estímulo a investimentos: Maior previsibilidade e transparência criam ambiente favorável a novos negócios e ao crescimento econômico.

  • Equilíbrio social: Mecanismos como cesta básica isenta e cashback para baixa renda ajudam a reduzir desigualdades.

Cronograma e transição para o novo regime fiscal

Implementar mudanças dessa magnitude exige um período de transição gradual. A previsão atual é de sete anos, conforme o seguinte calendário:

  • 2026–2027: Entrada em vigor da CBS, que substitui PIS, COFINS e IPI em âmbito federal.

  • 2029–2032: Transição do IBS nos estados e municípios, com importações de ICMS/ISS para o novo tributo.

  • 1º de janeiro de 2033: Todos os tributos antigos extintos; o sistema tributário passa a operar apenas com CBS e IBS.

Durante esse período, empresas precisarão adaptar seus processos de faturamento, sistemas de ERP e rotinas de compliance para as novas alíquotas e regimes de crédito. 

A Orru Contabilidade acompanhará cada fase para orientar clientes sobre prazos e procedimentos.

Importância da contabilidade na reforma tributária

Num contexto de mudança tão profunda, o papel do contador torna-se ainda mais estratégico. A Orru Contabilidade está preparada para:

  • Analisar impactos: Avaliação detalhada de como cada mudança afeta custos, preços e margens de lucro.

  • Adequar sistemas: Configurar sistemas de faturamento e ERP para calcular corretamente CBS e IBS já na fase de transição.

  • Planejar a carga tributária: Propor estratégias de crédito e compensação para reduzir o custo efetivo de tributos.

  • Treinar equipes: Capacitar profissionais internos para seguir novas obrigações acessórias e relatórios.

  • Garantir compliance: Revisar contratos, notas fiscais e demonstrações financeiras para evitar autuações.

Nosso time de especialistas monitora continuamente os debates legislativos e as versões finais dos textos de lei, mantendo você sempre atualizado e seguro.

Conclusão

A reforma tributária representa uma mudança histórica no sistema fiscal brasileiro, com potencial para modernizar a arrecadação e tornar o ambiente de negócios mais competitivo. 

Porém, sua complexidade exige preparação cuidadosa: conhecer o cronograma, entender as novas regras e ajustar processos internos são passos obrigatórios para evitar riscos e aproveitar oportunidades.

Conte com a Orru Contabilidade para guiar sua empresa nesse processo. Oferecemos:

  • Consultoria fiscal personalizada sobre CBS e IBS;

  • Implementação de sistemas e treinamentos práticos;

  • Planejamento tributário para reduzir custos e maximizar créditos;

  • Acompanhamento contínuo dos desdobramentos legislativos.

Fale agora com nossos especialistas e prepare seu negócio para as mudanças que estão por vir!

Classifique nosso post post

Compartilhe nas redes:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Posts Relacionados

Qual é o melhor regime tributário para e-commerce

Qual é o melhor regime tributário para e-commerce?

Você sabe qual é o melhor regime tributário para e-commerce? Empreender no comércio eletrônico exige decisões estratégicas em todas as frentes, da escolha da plataforma de venda à logística de entrega. Mas uma das decisões mais impactantes para a saúde

Como Declarar Investimentos No Imposto De Renda - Orru Contabilidade e Gestão

Como declarar investimentos no Imposto de Renda?

Declarar investimentos no Imposto de Renda é uma tarefa obrigatória para quem realiza operações financeiras que geram rendimentos tributáveis ou isentos.  Com a crescente popularização dos investimentos, entender como declarar corretamente cada tipo de aplicação se tornou essencial, não apenas

Back To Top