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Com a reforma tributária, o Simples Nacional vai acabar?

Com A Reforma Tributária, O Simples Nacional Vai Acabar - Orru Contabilidade e Gestão

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Não restam dúvidas, o Simples Nacional é um dos regimes tributários mais importantes do país. Ele simplifica a arrecadação de impostos e contribuições, unindo vários tributos em uma única guia, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

No entanto, a criação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) gerou dúvidas em empresários de todos os portes. Entre os pequenos negócios, a principal preocupação é: o Simples Nacional vai acabar?

Além disso, oferece carga tributária reduzida para micro e pequenas empresas, tornando-se fundamental para estimular o empreendedorismo e a formalização de negócios.

Neste artigo, você vai entender como a reforma tributária impacta o Simples Nacional, se o regime será mantido, quais mudanças podem ocorrer e o que os empresários devem fazer para se preparar.

O que é o Simples Nacional e por que ele é importante?

Criado pela Lei Complementar nº 123/2006, o Simples Nacional nasceu com a missão de simplificar a vida das micro e pequenas empresas. Atualmente, mais de 20 milhões de CNPJs utilizam o regime, representando cerca de 90% dos negócios ativos no país.

Entre as principais vantagens estão:

  • Recolhimento unificado de até oito tributos em uma única guia;

  • Alíquotas reduzidas em comparação a outros regimes (Lucro Presumido e Lucro Real);

  • Menos burocracia e simplificação das obrigações acessórias;

  • Incentivo à formalização de empreendedores.

Sem o Simples, muitos pequenos negócios teriam dificuldades para se manter no mercado, pois a complexidade e o custo do sistema tributário brasileiro sempre foram grandes obstáculos.

O que muda com a reforma tributária?

A reforma tributária aprovada trouxe uma reestruturação profunda nos tributos sobre consumo. Os principais pontos são:

  • Substituição de cinco tributos atuais (ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI) por dois novos: IBS (estadual/municipal) e CBS (federal);

  • Criação do Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente (como cigarros e bebidas alcoólicas);

  • Período de transição até 2033, no qual os impostos atuais e os novos conviverão gradualmente.

Diante dessa grande mudança, muitos empreendedores ficaram com receio de que o Simples Nacional fosse extinto. Mas será que isso vai realmente acontecer?

O Simples Nacional vai acabar?

A resposta é: não. O Simples Nacional não será extinto pela reforma tributária. O próprio texto da Emenda Constitucional garantiu a manutenção do regime, reconhecendo sua importância para micro e pequenas empresas.

O artigo 146 da Constituição Federal, alterado pela reforma, preserva o tratamento diferenciado e favorecido para os pequenos negócios, assegurando que o Simples continue existindo.

Ou seja, a reforma reorganiza a tributação sobre consumo para as grandes empresas e cria novos tributos, mas mantém o modelo simplificado do Simples Nacional.

O que pode mudar no Simples Nacional?

Apesar de não acabar, o Simples Nacional pode passar por ajustes para se adequar ao novo sistema. Entre os principais pontos de atenção estão:

1. Recolhimento do IBS e da CBS: O Simples continuará existindo, mas os pequenos negócios poderão ter tratamento diferenciado em relação aos novos tributos. Haverá estudos para garantir que empresas enquadradas no regime recolham o IBS e a CBS de forma simplificada, assim como ocorre atualmente com ICMS, ISS, PIS e Cofins.

2. Possível revisão de alíquotas: Com a criação dos novos impostos, as tabelas do Simples Nacional podem ser revistas, de forma a manter equilíbrio entre competitividade e arrecadação.

3. Obrigações acessórias: Uma das maiores promessas da reforma é a simplificação das obrigações acessórias. Isso significa que, no futuro, micro e pequenas empresas poderão ter ainda menos burocracia para declarar e pagar seus tributos.

Quais os impactos para micro e pequenas empresas?

Para os pequenos negócios, a mensagem é clara: o Simples continua sendo a melhor opção na maioria dos casos. No entanto, é importante compreender os possíveis impactos:

  • Manutenção da competitividade: O Simples garante carga tributária menor para quem fatura até R$ 4,8 milhões por ano.

  • Segurança jurídica: A Constituição assegura a permanência do regime.

  • Adaptação gradual: As mudanças do IBS e da CBS serão aplicadas de forma progressiva, até 2033, dando tempo para ajustes.

Portanto, micro e pequenas empresas não precisam se preocupar com a extinção do regime, mas devem acompanhar de perto as atualizações legais.

Simples Nacional x outros regimes após a Reforma

A reforma reforça ainda mais a importância do planejamento tributário. Enquanto grandes empresas terão que se adaptar ao IBS e à CBS, os pequenos negócios continuarão tendo no Simples um diferencial competitivo.

Contudo, alguns empreendedores que estão próximos do limite de faturamento do Simples precisarão avaliar com atenção se vale a pena permanecer no regime ou migrar para Lucro Presumido ou Lucro Real após as mudanças da reforma.

Por isso, cada caso deve ser analisado individualmente, considerando:

  • Faturamento anual;

  • Margem de lucro;

  • Setor de atuação;

  • Obrigações trabalhistas e previdenciárias.

Como se preparar para o futuro?

Mesmo que o Simples não acabe, é fundamental que o empreendedor se antecipe às mudanças da reforma tributária. Algumas recomendações são:

  1. Mantenha a contabilidade em dia: Empresas que registram corretamente seu faturamento terão mais facilidade em se adequar ao novo sistema.

  2. Invista em gestão financeira: Conhecer custos, lucros e fluxo de caixa é essencial para avaliar se o Simples continua sendo o regime mais vantajoso.

  3. Busque apoio especializado: Um contador atualizado com as mudanças da reforma é o melhor aliado para garantir economia tributária e segurança.

  4. Acompanhe as atualizações: Até 2033, novas regras poderão ser implementadas, e quem se manter informado terá vantagem competitiva.

Conclusão

A dúvida sobre o fim do Simples Nacional com a reforma tributária é comum, mas a resposta é clara: o Simples Nacional não vai acabar. Ele está garantido pela Constituição e seguirá sendo a principal opção para micro e pequenas empresas no Brasil.

O que pode ocorrer são ajustes em sua estrutura, especialmente para compatibilizar o regime com os novos tributos criados, o IBS e a CBS. No entanto, o modelo simplificado continuará existindo como política pública de incentivo ao empreendedorismo.

Para os empreendedores, o desafio é se manter atualizado e contar com o suporte de uma contabilidade especializada, capaz de orientar sobre o melhor regime tributário em cada fase do negócio.

👉 A Orru Contabilidade está pronta para ajudar sua empresa a enfrentar esse novo cenário da reforma tributária.

Se você tem dúvidas sobre o Simples Nacional e outros regimes, fale conosco e descubra como podemos ajudar a reduzir seus impostos e manter seu negócio regularizado.

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