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Como se preparar para a transição da reforma tributária sem comprometer o caixa da empresa

Como se preparar para a transição da reforma tributária sem comprometer o caixa da empresa

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A Reforma Tributária é uma realidade no Brasil e começa a ser implantada de forma gradual a partir de 2026.

A mudança, que promete simplificar e tornar mais eficiente a arrecadação de impostos sobre o consumo, traz também uma série de desafios para as empresas — especialmente quando falamos de fluxo de caixa, planejamento financeiro e adaptação às novas regras.

Se você é empresário, gestor financeiro ou contador, precisa estar atento. A transição do modelo atual, baseado em tributos como PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI, para os novos tributos IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), além do Imposto Seletivo (IS), exige organização, estratégia e ajustes na gestão do negócio.

O objetivo deste artigo é mostrar como sua empresa pode se preparar para essa transição sem comprometer o caixa, mantendo a saúde financeira e evitando surpresas desagradáveis.

🚩 O que muda com a reforma tributária?

A principal mudança da Reforma Tributária é a substituição de cinco tributos por dois:

  • PIS e Cofins → CBS (federal)

  • ICMS (estadual) e ISS (municipal) → IBS (estadual e municipal compartilhado)

  • Além do Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

O novo modelo é um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), cobrado no destino, com crédito financeiro amplo e não cumulativo.

A transição será gradual entre 2026 e 2032, mas exige que empresas comecem desde já a entender os impactos no caixa, na precificação, no financeiro e na contabilidade.

⚠️ Reforma tributária: quais os riscos se não houver preparação?

  • Comprometimento do caixa: O pagamento de tributos poderá ocorrer em prazos diferentes e com regras distintas, impactando diretamente o fluxo de caixa.

  • Custos não previstos: Empresas que não se planejarem podem pagar mais impostos do que deveriam, seja por falta de informação ou erros de cálculo.

  • Aumento de carga tributária em alguns setores: Dependendo do segmento, o efeito da reforma pode ser de aumento de impostos se não houver planejamento adequado.

  • Problemas operacionais: Sistemas de ERP, emissão de nota fiscal e controle contábil precisam estar adaptados ao novo modelo.

  • Multas e penalidades: Falhas na apuração dos novos tributos podem gerar autuações.

💡 Reforma tributária: passo a passo para se preparar sem comprometer o caixa

Confira algumas dicas para começar a traçar um planejamento assertivo e preparar a sua empresa para as mudanças da reforma tributária:

1. Entenda como a reforma impacta seu setor

O primeiro passo é mapear como as novas regras afetam sua atividade. Isso porque alguns setores terão regimes diferenciados, outros terão redução de alíquotas e alguns podem até ter aumento de carga tributária.

Por exemplo:

  • Comércio e indústria: Devem se beneficiar do fim da cumulatividade.

  • Serviços: Podem ser impactados com alíquotas mais altas, principalmente se tiverem baixa geração de crédito.

Aqui entra o papel fundamental de uma contabilidade especializada, que fará simulações específicas para seu negócio.

2. Revise o fluxo de caixa e o capital de giro

A nova sistemática de cobrança, vai alterar o volume de dinheiro disponível em caixa.

Por isso:

  • Recalcule sua necessidade de capital de giro.

  • Verifique se sua empresa está preparada para ter uma redução na entrada de recursos líquidos.

  • Ajuste prazos de recebimento e pagamento.

  • Considere linhas de crédito pré-aprovadas como suporte durante a transição.

3. Faça um diagnóstico tributário completo

Não dá mais para trabalhar no escuro. Você precisa entender:

  • Quanto sua empresa paga hoje em impostos (federais, estaduais e municipais).

  • Quanto pagará no modelo novo, considerando IBS, CBS e possíveis benefícios.

  • Quais créditos tributários serão mantidos, ampliados ou reduzidos.

Com esse diagnóstico, é possível tomar decisões como:

  • Manter ou alterar o regime tributário (Simples, Lucro Presumido ou Real).

  • Rever contratos, precificação e modelos de negócio.

4. Adapte sistemas e processos

Se seu ERP ou sistema financeiro não estiver preparado, você terá sérios problemas:

  • Emissão correta de nota fiscal no novo modelo.

  • Apuração dos créditos de IBS e CBS.

Converse com seus fornecedores de tecnologia e certifique-se de que eles estão atualizados sobre a reforma.

5. Prepare sua equipe

O impacto da reforma tributária não é só na contabilidade. Ele afeta:

  • Financeiro (controle de caixa e pagamentos);

  • Faturamento (emissão de NF);

  • Comercial (formação de preços considerando a nova carga tributária).

Invista em treinamentos e workshops, para que toda a equipe entenda as mudanças e esteja preparada para trabalhar no novo cenário.

6. Refaça sua precificação

A mudança na composição dos tributos vai afetar diretamente seus custos e sua margem.

Se você não revisar a precificação:

  • Pode perder margem de lucro;

  • Pode perder competitividade se repassar custos de forma incorreta.

Inclua na sua formação de preço:

  • O efeito da CBS, IBS e IS;

  • O impacto no fluxo de caixa;

  • Eventuais custos operacionais de adaptação tecnológica e capacitação.

7. Avalie a possibilidade de reorganização societária ou tributária

Dependendo do seu setor, pode fazer sentido:

  • Migrar de Lucro Presumido para Lucro Real (ou vice-versa);

  • Avaliar se vale a pena sair do Simples Nacional, principalmente com a introdução do modelo híbrido do Simples;

  • Criar holdings operacionais ou patrimoniais, reorganizando o negócio para otimizar os impostos e o fluxo de caixa.

Essa decisão deve ser feita junto a uma contabilidade especializada em planejamento tributário.

📊 Exemplo prático: como a transição pode impactar o caixa

Imagine uma empresa de serviços que hoje fatura R$ 200.000 por mês e paga cerca de 6,5% de PIS/Cofins cumulativo (R$ 13.000) + **ISS de 5% (R$ 10.000) para um total de R$ 23.000 em tributos sobre o consumo.

Com a reforma, a alíquota somada de IBS + CBS será de aproximadamente 26,5%, mas considerando uma redução para serviços de 30%, ela cairia para cerca de 18,55%.

Isso gera:

  • R$ 37.100 de impostos, contra os R$ 23.000 atuais.

  • Um aumento de R$ 14.100 mensais, que precisa ser refletido no preço, no caixa ou no modelo de negócio.

Se essa empresa não se preparar, corre risco de desequilíbrio financeiro.

🚀 Reforma tributária: como garantir uma transição segura e sem risco para o caixa?

  • Faça simulações tributárias realistas, mês a mês.

  • Acompanhe cada fase da transição (entre 2026 e 2032).

  • Tenha suporte de uma contabilidade especializada em reforma tributária.

  • Mapeie as oportunidades, como créditos que antes não eram aproveitados.

  • Monte um plano financeiro de contingência, prevendo cenários conservadores e agressivos.

🔍 Conclusão: A preparação começa agora!

A Reforma Tributária não é um problema. É uma realidade. E quem se preparar, verá oportunidades. Quem ignorar, corre o risco de enfrentar problemas de fluxo de caixa, aumento inesperado de custos e até perda de competitividade.

Se você quer fazer essa transição com segurança, planejamento e sem comprometer o caixa da sua empresa, conte com a Orru Contabilidade.

📞 Entre em contato com nosso time de especialistas e solicite agora mesmo um diagnóstico tributário.

Vamos ajudar você a entender os impactos, preparar sua empresa e garantir que a reforma tributária seja uma alavanca de crescimento — e não um problema.

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